Aquele primeiro olhar tão penetrante que toca no ponto mais sensivel daquele que tanto o desejou, olhar que diz muito da sua pessoa e vontade, que nos faz derreter de tanta adoração. Olhar matreiro e rebelde impresso numa face tão pura e inocente que tanto queremos preservar. Olhar desconfiado e curioso por natureza, com atitude de quem quer descobrir os primeiros "porquês" das coisas. Aquela atitude sensata de dizer "num cunxigo..." com a tal expressão de bébé. O pedido de apoio/ajuda que os mais velhos tanto esperam ouvir, na ânsia de querer ajudar e reconfortar. O primeiro espirro dado, deixando-o na incerteza de que se passou, abananado e piscando os olhos, com a tamanha força que o seu pequeno corpo exerceu. A birra que, por vezes, insiste em permanecer, que nos faz manter alerta para áquele pequeno ser nada faltar quando mais precisar...a birra que tanto "custa" a passar.
A primeiro observação do que o rodeia, extremamente importante na sua pequena constante aprendizagem enquanto bébé, todas as pequenas/grandes coisas pálpaveis são objectos de estudo fundamentais ao seu inicial desenvolvimento. O primeiro desejo de saciar aquele paladar que o envolve e desperta para o mundo na descoberta de novos sentidos. A primeira prenda que nem o pequenote há de saber de qual se tratou já crescido, aquele primeiro sapatinho que aqueceu o pé recem-nascido. A primeira sesta exercida com a constante observação dos pais.O primeiro pedido de colinho e afecto que tanto os seus progenitores desejam ouvir. Aquele primeiro amuo que será frequente. A primeira fonte essencial de alimentação, a mãe e a única familia...
Tudo o que o envolve, preenche e não lhe pode faltar.
Sofia*
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